Eros é considerado na mitologia grega e romana o “Deus do Amor”, sendo conhecido também como Cupido. Segundo estudos, seria o mais belo de todos os deuses. É um dos Anjos mais conhecidos na história da humanidade. Sua simbologia remete ao Deus do Amor, responsável pela atração sexual, amor, paixão, sexo e cultuado também como o deus da fertilidade.
Tornou-se muito popular por meio da obra do poeta grego Hesíodo. Isso no século VIII a.C. (antes de Cristo). O poeta descreveu a magia do Amor de Eros sendo uma energia cósmica e pura de atração, qualidade esta que une todos os seres do planeta.
Ao longo da história, muitos filósofos e poetas estudaram sobre ele e com isso, sua imagem e aspecto foram evoluindo com o passar do tempo. As pesquisas têm muito a dizer sobre a origem do Anjo Cupido. Inicia-se a origem do Anjo como uma força criada a partir do Caos. Mais adiante, foi descrito como filho de um Deus com uma mortal. Em pesquisas mais recentes, Eros pode ser filho de Afrodite, “Deusa do Amor” com Ares, considerado “Deus da Guerra”.
Eros ora é descrito como um garotinho gracioso, com asas, cabelos louros, com uma aparência que transmite a energia da inocência, pureza e ao mesmo tempo semblante de travesso, simbologia que nos remete à eterna juventude do amor profundo, sincero, aventureiro e ternuroso, qualidades últimas presentes também na personalidade de um rapaz. Ele porta um arco e flecha, instrumentos perfeitos para flertar uma grande paixão. Além disso, seus olhos estão vendados, nos inspirando a um amor cego e avassalador.
O escritor e filósofo romano Apuleio cria a história de Eros e Psiquê (princesa mortal), isso no século II d.C. (depois de Cristo). Nesta interpretação, Afrodite (mãe de Eros) sugere a ele que use uma de suas flechas para fazer com que Psiquê se apaixonasse por uma criatura horrível. Afrodite tinha ciúmes, inveja da beleza infinita de Psiquê, por isso ordenou tal atitude a Eros. Porém, algo deu errado neste plano. Quando Eros resolveu cumprir a ordem de sua mãe, apaixonou-se loucamente por Psiquê.
Com passar do tempo, as duas irmãs de Psiquê se casam e ela fica só. Todos temiam a tamanha beleza de Psiquê, por isso ninguém desejava se envolver com ela para desfrutar do verdadeiro amor. Seus pais ficam preocupados com a cólera Divina sobre o destino da filha e vão consultar o famoso Oráculo de Apolo. Com esta consulta, o Oráculo sugere aos pais conduzirem sua filha a uma colina, lugar onde seria levada por uma criatura horrível fazendo com que Psiquê seja sua mulher. Logo, os pais obedeceram ao pedido solicitado pelo Oráculo, pois acreditavam e muito nessa energia. Dias depois, Psiquê foi deixada no alto da colina e por lá ela dormiu serenamente. Mas nada está por acabado! Surge, Zéfiro (considerado o vento do Oeste), a pedido de Eros, para salvar a encantadora princesa. E isso se cumpre definitivamente. Zéfiro leva Psiquê para um lindo castelo. Lá, após um tempo, ela acorda com todo aquele encanto e ao mesmo tempo com medo, pois estava aguardando uma criatura horrível que a levasse para outro lugar. Eros fica sabendo disso e resolve aparecer para ela, mas apenas no período noturno para que não ficasse assustada com suas asas. O encontro se estabelece e o Anjo Cupido abre seu coração com palavras puras e sábias dirigidas a Psiquê, fazendo-se ocultar todo aquele medo, receio dela. A princesa, aos poucos, apaixona-se por Eros, sentindo-se entusiasmada pela magia do amor.
Um belo dia, Psiquê ficou preocupada com a tristeza de suas irmãs, pois elas achavam que ela estava desgostosa com a vida, já que estava vivendo com uma criatura horrorosa. Pelo contrário, Psiquê estava infinitamente feliz com a presença de Eros e para provar isso às irmãs, pede a permissão ao seu príncipe encantado que deixasse suas irmãs visitá-la para saber como andava toda a situação naquele momento. As irmãs compareceram ao castelo e visitaram-na, observando a pureza dos fatos e que tudo não era como elas imaginavam, pois a princesa estava vivendo um dos momentos mais felizes de sua vida.
Mas mesmo assim, as irmãs ficaram desconfiadas com Eros, pois ele não revelava realmente sua imagem, já que aparecera somente à noite. Com o passar da conversa entre as irmãs e Psiquê, elas sugerem que a princesa conheça a verdadeira aparência de seu príncipe preparando uma vela e uma faca na possibilidade de: se for uma terrível criatura, que a Psiquê o matasse com a faca.
E assim Psiquê se fez cumprir o pedido das irmãs. À noite, Eros apareceu e ela esperou que ele adormecesse. Após ele cair em um sono profundo, Psiquê acende a vela, aponta no semblante de Eros e se surpreende com a tamanha beleza jamais vista. Sem querer, ela derruba um pingo de cera da vela sobre o ombro do príncipe. Logo, Eros desperta, fica angustiado e decide desaparecer declamando que o amor não pode viver sem confiança.
Psiquê fica desesperada, triste, apreensiva e se arrepende do ocorrido. Ela resolve atravessar o mundo à busca de seu grande amor perdido. Brevemente, ela chega a Afrodite, mãe de Eros, que lhe determina várias provas impossíveis em troca de seu filho. Em meio a tantas surpresas, a princesa consegue cumprir a maioria das provas solicitadas pela mãe do Cupido. Mas ainda restou uma última evidência para se fazer cumprir a troca. Psiquê teria de trazer uma caixa contendo um pouco da beleza da rainha dos infernos, Pérsefone. Infelizmente, Psiquê se deixa levar pela tentação, pois temia perder o grande amor de sua vida e decide abrir a caixa, aguardando recuperar a beleza perdida aos olhos do príncipe. Ela não encontra nada na caixa, porém cai adormecida e banhada pela beleza da morte.
Agora como fica o final da história? Eros, em plena recuperação de sua ferida no braço consegue fugir de sua mãe para ir ao encontro de Psiquê. Chegando ao castelo, o príncipe encontra a princesa adormecida. Mas isso não era nenhum problema para ele, pois resolve despertar sua amada com a ponta de uma de suas flechas. E deu certo! Eros desperta Psiquê daquele sono profundo. Aí eles se casam e a princesa torna-se imortal. Após o enlace encantador, Afrodite nada mais poderia fazer para separar este grandioso amor de Eros e Psiquê.
E, dessa forma, chega o fim do enredo romântico de Eros e Psiquê que permaneceram juntos por toda a eternidade, construindo assim a magia do amor mais linda da história.
Desejo a todos muito amor no coração e na alma!
Beijos,
Márcia Fernandes