O médico alquimista

Vocês sabem quem foi Papus?

Vou falar algumas características deste brilhante médico chamado Gérard Anaclet Vicent Encausse, mais conhecido como Papus.

Gérard foi um dos maiores alquimistas dos século XIX, pois sua genialidade e dedicação marcaram sua vida. Ele deixou um vasto conjunto de obras que abrangem vários caminhos que levam o homem a se conectar com a natureza.

Papus veio ao mundo no dia 13 de julho 1865, na Espanha, sua mãe era uma cigana espanhola e seu pai um químico francês.

Dessa forma, nasceu com o sangue da magia do povo cigano unido à tradição química francesa. Em sua casa, também viveu num ambiente favorável ao estudo das artes divinatórias tais como o tarô e o estudo da alma humana. Pode-se dizer que sua espiritualidade veio de berço.

Seu interesse pela medicina veio aos 17 anos quando ingressou na Faculdade de Medicina de Paris. Ainda assim, apesar de toda sua dedicação ao estudo da razão e da ciência em sua essência materialista não se afastou dos conhecimentos esotéricos.

Conforme alguns relatos da época, ele nunca se afastou do Ocultismo. Vivendo numa sociedade de total agitação política e com o florescimento esotérico a todo vapor, surgiram inúmeras sociedades filosóficas e dentre elas, a Sociedade dos Filósofos desconhecidos a qual Papus foi iniciado em 1882.

Nessa sociedade, ele se destacou por sua genialidade e intensa disciplina. Aos vinte anos, escreveu a primeira obra que se tornaria um marco para todos que estudavam ciências ocultas no Ocidente e no Ocultismo Contemporâneo.

Este ímpeto de conhecer, estudar e se aprofundar em todas as ciências não tardou a levá-lo a uma jornada literária. Ele foi buscar o caminho da cura nas ciências perdidas, conheceu curandeiros, médicos, teve contato com a homeopatia e tudo que lhe caia nas mãos.

Além de tentar a cura pelo funcionamento do corpo, Papus se utilizava da cabala e da alquimia, descobrindo assim outros aspectos da saúde e da cura, antevendo-se às ciências ocultas.

Existem curas creditadas a ele que beiram ao milagre. Ele sabia das doenças, causas, reações mesmo que o paciente não as discriminasse, tudo isso pela exatidão de sua observação.
Praticou de tudo, conectou-se a linhas de trabalho que iam da alopatia a hipnose.  Além de estudar e praticar as ciências místicas, Papus procurava conhecer o legado da Antiguidade Egípcia e os mistérios greco-romanos.

Papus se consagrou ao estudo de como a Luz Astral (CHI) age em nossos corpos e o papel da mente e suas relações com o homem. Suas pesquisas incluíram fenômenos hipnóticos espíritas e parapsicológicos, sempre com o objetivo de unir ciência aos mistérios do Ocultismo.

Por fim, Papus faleceu em 25 de outubro de 1916, aos 51 anos, sendo seu maior legado uma vida inteira dedicada aos seres humanos e, especialmente, voltada a explorar os caminhos do espírito, sempre demonstrando imensa compaixão e amor ao conhecimento.

Legal este conhecimento, não é mesmo? 

Beijos,

Márcia Fernandes