Este objeto de uso tão delicado e gracioso, é usado há mais de três mil anos. Várias são as lendas que correm sobre sua invenção. Dizem que Cupido, o Deus do amor, ficou inebriado pela beleza de sua amada Psique, e assim sendo furtou a asas de Zéfiro, o Deus do vento, para refrescar sua amada enquanto ela dormia.
Conta que sua origem é chinesa, de onde se espalhou pelo mundo, fazendo parte do vestuário e exibindo assim, símbolo de dignidade e poder.
No Egito, por exemplo, era uma grande honra, o faraó ser abanado pelo seu vassalo com um leque. Porém, com o avançado progresso e a vida estressante, o leque foi relegado à saudade.
Mas o leque não exercia única função de refrescar as danas, era também fonte de linguagem, como por exemplo:
– eu te amo: esconder os olhos com o leque.
– amo outro: girá-lo na frente do rosto com a mão esquerda.
– quando nos veremos: leque aberto no colo.
– adeus: abrir e fechar o leque.
– sim: apoiar o leque no lado direito da face.
– não: apoiar o leque no lado esquerdo da face.
– preciso falar com você: tocar o leque aberto com os dedos.
– desculpe: manter o leque aberto na altura dos olhos.
Aliás, antigamente era dito que uma dama sem leque era com um nobre sem espada.
Quanto às castanholas, são de origem fenícia e um dos instrumentos musicais mais antigos e primitivos que se tem conhecimento. Somente na Espanha tal instrumento teve evolução para acompanhamento de canto e dança, tornando-se indispensável na dança flamenca.
Na mitologia grega, os sátiros, considerados figuras bizarras, viviam em bosques e campos e mantinham relações sexuais com as ninfas, ao som das castanholas.
Como você pode perceber, desde os tempos mais remotos, esses objetos já tiveram a função de seduzir e encantar povos tão antigos.
Beijos,
Márcia Fernandes.