Odus são divindades que regem o destino nos cultos iorubanos e nagôs.
Eles simbolizam presságios, predestinações, destinos e estão vinculados aos Orixás. Foram criados por Orunmila-Ifá para reger o destino dos homens, dos mundos e dos Orixás.
O Odu é o caminho no qual tudo o que existe está inserido no trajeto. Na concepção uorubana, os Odus possuem dualidade e podem ser positivos ou negativos, o que não significa bem ou mal, mas sim que seguem direções opostas.
Dois Odus regem sua vida do princípio ao fim, e a relação deles com os Odus que regem o mundo e as pessoas que nele habitam é o que vai determinar sua vida.
Na África, para demarcar a presença desses Odus, os sacerdotes valiam-se do jogo de búzios ou meridigolun, já que a língua era representada por símbolos.
Muitos outros Odus fazem parte do dia-dia de cada pessoa. Veja a relação entre os Odus e cada Orixá:
1- Okaran – Exu
2- Ejiokô – Ogum
3- Etaogundá – Omolu
4- Irosun – Iemanjá
5- Oxê – Oxum
6- Obará – Xangô
7- Odi – Oxossi
8- Ejionilê – Oxaguiã
9- Osã – Iansã
10- Ofum – Oxalá ou Oxalufan
11- Oawarin – Obaluaê
12- Ejilaxebora – Xangô
13- Edioloban – Nanã
14- Iká – Oxumaré e Ewá
15- Obeogundá – Obá
16- Alafia – Orixás da criação
Todos eles têm um face positiva e uma negativa. Isso que dizer que dá para se fazer pelo menos 32 combinações.
Quando esses Odus combinam-se entre si, geram 256 (16 Odus x 16 Odus) possibilidades, isto é, novos Odus, que são chamados de Omodus.
Estes também possuem negativo e positivo, o que gera 2 faces e 512 possibilidades (2 faces x 256 Omodus = 512 possibilidades).
Enfim, as relações combinatórias são infinitas. Assim, permanecem cultuados Oxalá (o Pai), Iemanjá (a Mãe), Oxum (a Esposa), Xangô (o Rei), Oxossi (o Caçador, senhor da fartura), Ogum (o Guerreiro), Iansã (o vento), Nanã (a Avó), Omulu (o Senhor da peste, aquele que conhece a cura).
Estes são os mais conhecidos na Umbanda e por isso foi estabelecida as sete linhas valendo-se do valor da origem do Universo do número sete.
Espero ter colaborado com mais este conhecimento.
Beijos,
Márcia Fernandes