Rúbia era uma belíssima mulher!
Certa tarde, ela caminhava pela rua quando começou a apertar seus passos por sentir que alguém a seguia. Era Felinto, o bêbado da cidade. Repentinamente, Rúbia entrou pelas vielas estreitas para despistar seu perseguidor.
No entanto, nada o despistava e estava a poucos passos dela. Rúbia olhava para todos os lados procurando por alguém que pudesse ajudá-la, mas a cidade estava deserta.
Todos conheciam as bebedeiras daquele homem, porém nunca souberam que ele fizera mal a alguém. Mesmo assim, a respiração pesada vinda dele deixara a jovem apavorada e insegura em relação àquela perseguição.
Nunca ela saía sozinha e aos dezessete anos, seus irmãos só a deixavam sair às ruas na companhia de um deles. Mas naquela tarde, ela escapara da vigilância cerrada e foi passear. Ao retornar feliz pela escapada que dera, surgiu a perseguição de Felinto.
Com o tempo, os passos ficaram mais largos e logo estavam correndo quando Rúbia percebeu as mãos de Felinto agarrando seu corpo e tapando sua boca. A mão livre daquele homem corria pelo seu corpo, ela tentara se livrar dele, mas Felinto era muito forte e a jogou no chão dominando-a e tirou sua virgindade numa dor profunda. Completando o ato, ele se ergueu com um sorriso cínico nos lábios.
Rúbia olhou ao seu lado e viu uma pedra pontiaguda. Com muito ódio do que havia acontecido, agarrou a pedra e percebendo Felinto distraído abotoando as calças o atingiu na cabeça. Ele se virou e a agarrou pelo pescoço e assim, Rúbia foi perdendo os sentidos, deu seu último suspiro e ao mesmo instante, Felinto sangrando, cai já sem vida sobre seu corpo.
O espírito de Rúbia vagou por tempos pelos vales sombrios devido a várias situações que haviam ocorrido em várias encarnações. Já o assassinato de Felinto só o fez aumentar seu período de sofrimento e a procura de luz.
Pomba-Gira Rosa Vermelha dos grandes amores! Discreta e bela, a sua incorporação encanta a todos que a conhecem!
Saravá, salve, viva Pomba-Gira Rosa Vermelha!
Beijos,
Márcia Fernandes