Perder um filho já é uma tragédia imensurável. Imagine perder dois. Foi o que aconteceu com Ana Rosa, uma das atrizes mais queridas da TV.
Quando tinha 18 anos, ela perdeu o primeiro filho, Maurício, de seu casamento com o humorista Dedé Santana. O menino teve leucemia.
“Perguntava ‘por que eu, por que meu filho, por que comigo?’. Briguei com Deus”, disse Ana Rosa, em depoimento ao programa Viver com Fé.
A partir daquele episódio dramático, a artista passou a se dedicar mais ao estudo do espiritismo. Isso foi fundamental para enfrentar a segunda perda.
A filha dela, Ana Luisa, da união com o ator Guilherme Correa, estava com 18 anos quando morreu atropelada.
“Não fiquei revoltada. O espiritismo me deu força para passar por aquilo. Foi um tripé: o espiritismo, o trabalho e a terapia”, explicou Ana Rosa.
“O trabalho te obriga a sair de casa, conversar com as pessoas, ver que o mundo continua.”
Márcia Fernandes comenta a experiência vivida pela atriz:
“Para compreender a morte de um filho é preciso ter um esclarecimento mínimo sobre a espiritualidade. Precisamos entender que, para o desencarne, não existe idade certa nem tempo certo. Uma criança de apenas dez anos pode ter uma alma velha e em avançado estágio de evolução. Apesar da dor pela morte de um filho, os pais precisam aceitar que Deus não erra. A criança que morre já cumpriu aqui seu carma naquela encarnação e pagou os débitos de vidas passadas. Sugiro aos pais que imediatamente dediquem-se a um trabalho social com crianças carentes. Será uma maneira de canalizar o amor deles pelo filho que partiu e amenizar um pouco a dor. No caso da atriz Ana Rosa, que perdeu dois filhos, é ainda mais difícil aceitar. Uma tragédia absurda. Os pais em luto podem buscar algum conforto espiritual fazendo a Prece de Cáritas. Se serve de conforto, muitos filhos, após a morte, passam a intuir positivamente na vida dos pais. Tornam-se almas amigas, ajudando-os a seguir em frente”.
(Crédito da foto: Divulgação/TV Globo)